Sábado, 29 de Novembro de 2008
Desde ontem que a neve cai em algumas zonas da região transmontana. O frio que se tem feito sentir nos últimos dias, proporcionou que os flocos de neve aparecessem em algumas localidades desde a manhã de ontem.
A nossa aldeia não foi excepção e recebeu um grande nevão. Dizem os mais antigos, que "há muitos anos que não se via uma nevada como esta", e que se mantem no dia de hoje. Apesar da beleza que nos proporciona, todo o cuidade é pouco principalmente nas estradas municipais, uma vez que ontem condicionou alguns dos nossos habitantes que pretendiam deslocar-se a Chaves, e os que pretendiam regressar de Chaves e Espanha para a nossa aldeia.
Espero poder-vos brindar com algumas fotos, ou do nosso colaborador residente na aldeia, o Tiago, ou se me for permitido ir até lá pessoalmente.
OBS: A foto que vos mostro foi tirada no ano passado por altura das matanças.
sinto-me: brrr...que frio
Quinta-feira, 27 de Novembro de 2008
A caminharmos a passos largos para o final do Outono, e com o Inverno aproximar-se cheio de força, resta-nos observar e apreciar as cores que predominam na Natureza durante a estação em que as folhas deixam de ser verdes e ficam amarelas, castanhas, ou em tons de vermelho. Deixo-vos com imagens dos montes de Segirei, que também foram cedidas pelo amigo Humberto Ferreira, num domingo passado na nossa aldeia.
Deliciem-se!
sinto-me: hummm
Terça-feira, 18 de Novembro de 2008
O Outono é a época dos cogumelos. Pelas aldeias, cumpre-se o ritual de ir “apanhar cogumelos”. Existem várias espécies, umas são comestíveis outras consideradas venenosas. Desde os níscarros, tortulhos, sanchas, rocas, a diversidade varia dependendo dos ecossistemas.
Como nem todos os cogumelos são comestíveis, todo o cuidado é pouco, há que saber distingui-los para colher apenas os “que se podem comer” e, depois, poder saboreá-los num bom cozinhado.
A flora típica da nossa aldeia é favorável à apanha destas iguarias, podendo encontrar-se diversas espécies junto aos pinheiros, carvalhos, castanheiros, onde a temperatura e a precipitação estão associadas à sua abundância. Normalmente se chove muito no final do Verão, início de Outono, dizem os sabidos do assunto, que será um bom ano de cogumelos.
Após esta breve introdução vou passar a mostrar-vos algumas dessas espécies, que foram encontradas pelos montes da nossa aldeia. E aqui vão os nossos agradecimentos, ao fotógrafo de serviço, Humberto Ferreira, que nos brindou com estas preciosidades, durante uma visita, num domingo de Outono, com alguns amigos a Segirei. Com a sua contribuição, das fotos e de algumas dicas relativamente às diferentes espécies, foi-me permitido elaborar este post. Obrigada.
Amanita muscaria (“os venenosos”)
O Amanita muscaria, conhecido por mata moscas, tem uma aparência atractiva mas quando ingerido pode ser tóxico. Nas aldeias são conhecidos como “os venenosos”.
Agaricus campestris (“Cacabinas”)
Chamamos-lhes cacabinas são idênticos aos “Champignons de Paris”. São considerados excelentes comestíveis.
Marasmius oreades (???)
Em Espanha, chamam-lhe “senderuelas” ou “carrerillas”. Também é considerada como um excelente comestível. Abunda junto aos castanheiros e é comercializado seco fora da época tradicional dos cogumelos.
Boletus edulis (“Níscaro”)
É conhecido por “níscarro” ou “boleto”. São considerados excelentes comestíveis.
Macrolepiota procera (“Rocas-Roquinhas-Frades-Púcaras”)
É designada por vários nomes e geralmente considerada como uma excelente comestível. São facilmente encontrados nas giestas, estevas, nas bordas dos pinhais, nos lameiros, nos soutos, ou mesmo na berma dos caminhos e estradas.
Lactarius deliciosus (“Cardiela-Sancha-Pinheira”)
Chamam-lhes cardielas, mas em outras zonas são chamadas de sanchas ou pinheiras. É geralmente considerada como uma excelente comestível.
Tricholoma equestre (“Tortulho”)
Ainda que alguns livros o considerem como um excelente comestível, outros, não aconselham o seu consumo e consideram-no tóxico e “acusam-no” de estar na origem de uma doença muscular, que pode levar à morte.
Estes crescem como “verdadeiros cogumelos” pelos montes.
Não se esqueçam, todo o cuidado é pouco. Caso tenham a incerteza se são ou não comestíveis, o melhor é não arriscar.
sinto-me: ...com água na boca
Sexta-feira, 14 de Novembro de 2008
Hoje deixo-vos com algumas imagens de uns amiguinhos que andam por Segirei, e que diga-se, são muito fotogénicos e asseados.
Estas fotografias foram cedidas pelo Tiago, o habitante mais novo de Segirei que, curiosamente, fez 14 anos recentemente. Como podem ver, temos um jovem repórter de serviço, que nos brindou com estas fotografias.
Deliciem-se, e esboçem um sorriso ao verem estas delicosas criaturas...
sinto-me:
Sábado, 8 de Novembro de 2008
Castanheiros em Agosto
O Magusto é uma festa popular, que se comemora a 11 de Novembro, Dia de S. Martinho. Os amigos e as famílias juntam-se à volta de uma fogueira e de uma mesa, assam castanhas, bebem jeropiga ou vinho novo, enfarruscam as caras com as cinzas e cantam cantigas.
Castanheiros em finais de Setembro
A celebração do magusto está associada a uma lenda a qual dizia que um soldado romano, ao passar a cavalo por um mendigo quase nu, como não tinha nada para lhe dar, cortou a sua capa ao meio com a sua espada; estava um dia chuvoso e diz que neste preciso momento parou de chover daí a expressão: "Verão de São Martinho".
Em Segirei, tal como em muitas aldeias do nosso país, também se festeja o São Martinho.
Ouriço e a castanha
Deixo-vos com várias imagens distintas:
dos ouriços nos castanheiros em pleno mês de Agosto, jovens, com o verde alface a se destacar e em finais do mês de Setembro, perto da apanha da castanha, aqui já mais adultos;
do ouriço maduro e das castanhas e, para terminar, da fogueira do magusto para todos podermos saltar.
Bom São Martinho.
sinto-me: hummm...castanhas assadas
Domingo, 2 de Novembro de 2008
Para ver todas as fotografias clique aqui:
Decorreu entre 30 de Outubro e 2 de Novembro, a tradicional e centenária Feira dos Santos de Chaves. Foram muitos os forasteiros e visitantes que passaram pela cidade e percorreram as artérias por onde a feira se desenrolou.
Dia 31 de Outubro, realizou-se a feira do gado, sendo um dos dias grandes da feira, é neste dia que os habitantes das aldeias aproveitam para vir à feira. Na feira do gado vende-se de tudo, desde bois, vacas, burros, cavalos, todo o tipo de ferragens típicas rurais e até cães de caça. Neste dia é também tradição comer o polvo à galega, junto ao concurso do gado. O dia 1 de Novembro, costuma-se dizer que é o dia dos espanhóis, uma vez que a cidade é “invadia” por eles, que aproveitam o feriado para fazer algumas compras e comer o bacalhau. Este ano, atendendo ao fim de semana, a feira prolongou-se por mais uma dia.
O passeio pelas barracas com a compra de qualquer coisita, uma visita aos carrosséis, uma partida de matraquilhos e comer uma fartura quentinha, faz parte da tradição flaviense, que se mantêm, e apesar das criticas da sociedade que surgem todos os anos quando da realização da feira, esperamos que se mantenha por muito tempo.
As fotografias que aqui mostramos são, deste ano e também de anos anteriores, e foram cedidas pelo amigo Fernando Ribeiro do Blog de Chaves e também do Blog Chaves Antiga, ambos com link na barra lateral.
sinto-me: verdadeira flaviense